5 de fev. de 2009

Paraná vai integrar unidades de saúde pública com Linux

Um mecanismo para sistematizar o fluxo da assistência de saúde pública de forma integrada, melhorando a regulação do setor e otimizando a rotina nas unidades. Esse é o Gestão de Assistência da Saúde do SUS (GSUS), que estabelece uma infraestrutura de software para garantir a interoperabilidade e a regularização dos atendimentos hospitalar, ambulatorial, laboratorial e farmacêutico. O projeto é uma iniciativa da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa), desenvolvida pela Companhia de Informática do Paraná (Celepar). O módulo ambulatorial do sistema está implantado Centro Hospitalar de Reabilitação do Paraná, em Curitiba, desde setembro de 2008.

De acordo com Antônio Francisco Peixoto Baptista, diretor de Unidades Próprias da Secretaria Estadual de Saúde, a utilização de módulo do GSUS em projeto-piloto no Centro Hospitalar de Reabilitação do Paraná tem um balanço positivo. “Verificamos de imediato uma mudança de mentalidade e de hábitos nos funcionários ao incorporarem o sistema em suas tarefas diárias. Isto contribuiu muito para uma estruturação organizacional adequada e resultou em qualidade e rapidez na obtenção da informação e no atendimento aos usuários”, comenta.

Para Dirceu Grein, analista de sistema da Celepar responsável pelo GSUS, os cidadãos usuários do Sistema Único de Saúde são os principais beneficiados. “Suas informações de prontuários e de serviços da assistência de saúde estarão disponíveis e integrados entre os hospitais públicos do estaduais e a Central de Marcação de Consultas e Regulação de Internação. Dessa forma, o sistema possibilitará a resolução das filas de assistência de saúde de forma mais ágil”, afirma.

O diretor da Sesa afirma que, ao promover a integração dos processos organizacionais na unidade de saúde, o GSUS permite um eficiente monitoramento dos resultados e contribui para a qualidade dos produtos e serviços oferecidos. “Além disso, essa solução propicia um sistema de informações gerenciadas, integração dos custos hospitalares e tecnologia avançada. Com o GSUS, a melhora da performance da unidade é evidente. Ela passa a dispor de informações rápidas e precisas, que permitem um crescimento de modo racional e equilibrado, com mecanismos seguros de controle”, adiciona.

Baptista conta que a próxima unidade a receber o GSUS será o Hospital Regional do Litoral, em Paranaguá (PR). A implantação do sistema está prevista para abril de 2009. Segundo ele, a proposta do Governo do Paraná é consolidar um sistema de informatização padronizado que integre todas as unidades hospitalares estaduais próprias. “O objetivo é que se forme um organismo íntegro e completo, que propicie otimizações, desburocratização, agilização, precisão e redução de custos com um salto de qualidade. Essa padronização auxiliará na tomada de decisões médicas, paramédicas, farmacêuticas, laboratoriais, administrativas, financeiras etc.”, avalia.

Como funciona

O sistema é direcionado ao governo estadual, mas em alguns módulos a solução pode interagir com os municípios e prestadores de serviços do SUS. “Neste caso, os municípios e prestadores poderão utilizar parte do sistema ou mesmo de forma integral. Isso dependerá de cada município, pois alguns têm soluções já implantadas e outros, não”, explica Baptista.

Segundo Grein, a iniciativa piloto do GSUS é baseada em Linux. No entanto, a solução está sendo desenvolvida para plataforma web sem nenhum componente proprietário, o que, segundo ele, é uma das principais vantagens para a aquisição dessa ferramenta. “Esse é um projeto que está sendo construído sem nenhum componente de software proprietário, ou seja, não é necessário obter licença”, enfatiza.

Grein conta que o GSUS será registrado como Licença Pública Geral quando os módulos ainda em desenvolvimento forem concluídos. Dessa forma, será possível utilizar a solução sem custos de aquisição. Não estão previstas ações para estimular adesão ao sistema pelas prefeituras e prestadores de serviços do SUS: só o futuro oferecimento da solução sem a necessidade de adquirir software já seria o estímulo para os municípios implantarem a novidade. “Esse já é um grande incentivo, considerando-se os custos de desenvolvimento de sistemas desse porte”, completa Baptista.

Fonte: http://www.softwarelivreparana.org.br

Um abraço e até a próxima!

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