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1 de dez. de 2008
Core i7: O que não foi contado...
Com a enorme vantagem frente à AMD no mercado de processadores, para muitos pareceu pouco racional a Intel, de uma vez só, abandonar a bem sucedida plataforma LGA 775 e investir em uma arquitetura melhorada da sua arquitetura Core. O que teria levado a Intel a tomar tal estratégia?
Se no mercado de desktops a hegemonia da Intel é notável, no mercado de servidores a Intel ainda não tinha total vantagem sobre a AMD.
Servidores são máquinas com perfil de uso bastante diferente dos desktops. Os "micreiros de plantão" dificilmente vão notar que a arquitetura da AMD pode ter eficiência bastante superior aos Xeon neste ambiente, por conta de duas coisas: A controladora de memória integrada e o barramento Hypertransport.
Esses dois recursos, combinados adequadamente, podem fazer com que os AMD Opterons escalem de forma muito mais apropriada que os Xeon. Os Xeon, por não possuirem a controladora de memória integrada dos Opteron, dependem de um chipset poderoso para "alimentar" as pipelines de execução dos seus processadores, num arranjo conhecido como SMP. Os Opteron, usado os canais Hypertransport do proocessador, podem formar verdadeiras "redes" de arranjos de memórias e processadores (arranjo NUMA). Enquanto em poucos processadores/núcleos as vantagens não aparecem, em arrranjos grandes de 32, 64 CPUs uma controladora integrada não daria conta de alimentar os processadores, e aí a arquitetura da AMD começa a brilhar.
Olhando para o mercado, vemos uma tendência para recursos como virtualização e os "light-mainframes", e a adoção crescente de processadores multi-núcleos, torna a controladora de memória externa à CPU um grande problema. Adotando uma arquitetura similar em seus Xeons (controladora de memória integrada e barramento serial de interconexão - QPI), a Intel se iguala à AMD se tratando de recursos.
O mercado de servidores, certamente, é um negócio muito bom: a empresa é uma figura tradicional no segmento, neste mercado a margem de lucro é bastante larga e as vendas são em grandes quantidades.
A AMD já tomou uma parcela do mercado com os bem-sucedidos Opterons, e fica claro que a adoção de uma nova plataforma não serve apenas para garantir que a Intel continue líder em desktops e servidores, e sim para retomar aquilo que a AMD já conquistou.
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